A Roda de Samba Meu Amigo Charlles estreia no próximo dia 14 no Santuário do Samba e, no dia 15, “Minha razão de viver” chega às plataformas digitais

O Ano Novo chega mais cedo para o cantor e compositor Charlles André! E com ótimas energias! No dia 14, ele estreia temporada de seu pagode com convidados. É a Roda de Samba Meu Amigo Charlles no Santuário do Samba, próximo à Portelinha, em Madureira, aproveitando para pegar um axé de sua escola de coração e de cuja ala dos compositores ele faz parte. No dia seguinte, o álbum “Minha razão de viver” será lançado nas plataformas de streaming, onde quatro singles desse trabalho – “Minha razão de viver”, “Não tive a intenção”, “Casalzão” e “Tô de rolê” – já estão fazendo sucesso.

Lançada nas plataformas digitais em maio, a música que dá nome ao álbum foi o primeiro single que os fãs conheceram. “Minha razão de viver” (Chico Roque / Sergio Caetano / Miguel Plopschi) é uma regravação do sucesso do Araketu nos anos 1990. Aliás, revisitar a década que marcou a explosão do pagode com diversos grupos – inclusive Os Morenos, do qual Charlles André fez parte – é uma tendência, já que projetos com essa pegada retrô caíram no gosto do público.

“Quando comecei minha carreira solo, costumava cantar ‘Minha razão de viver’ nos shows. Até porque ela tem um quê de ‘Mina de fé”, sucesso de Os Morenos, de minha autoria. Então, a escolha foi natural, combina com a sonoridade do álbum como um todo. Sem falar que costumavam me confundir com o Tatau, vocalista do Araketu”, diverte-se Charlles André.

O novo álbum, o quinto trabalho da carreira solo dele, tem outras regravações, como as românticas “Falso amor”, música dele gravada por Os Morenos no segundo CD do grupo, e “Você de volta” (Alexandre Pires / Marquinho Mosqueira), do repertório do Só Pra Contrariar. E tem também músicas autorais inéditas, algumas até compostas há décadas: “Quatro da manhã” e “A tua indiferença, ambas parcerias de Charlles André com Riquinho, que morreu há mais de 20 anos. “Essas estavam guardas na gaveta. Eu estava esperando o momento certo para gravar, e agora chegou o momento”, conta o artista.

Há uma pegada muito carioca no álbum, com a cara do povo do samba e pagode, arranjos modernos, batuque de primeira qualidade e letras que falam da vida de qualquer brasileiro. No clima de “Tô de rolê”, há a parceria de Charlles com Leandro FAB, “Pagodeiro de coração”, que cai bem como um chope gelado num dia de verão, com a carioquice de um dia de praia, pagode, futebol e noitada. Outra faixa animada é “Samba cura” (Charlles André e Duller), que sacode numa levada que mistura samba carioca e swing da Bahia. “Essa é outra que eu já havia registrado no meu CD ao vivo com os Morenos e no DVD gravado em Salvador”, conta o cantor.